sábado, 28 de dezembro de 2013

Os Anjos também vão para o céu


Após um Natal cheio de corações quentes à minha volta, eu retorno a este espaço.
Um espaço que deixo mais da minha alma que em outro qualquer lugar.
Para mim rezar, e falar com Deus, é escrever-lhe. É escrever-vos.

Mas hoje, estou melancólica.
Isto porque recordei todos os animais que já tive o enorme prazer de "ter" e conviver. E todos eles foram únicos no meu coração. Foram muito mais que hobbies, diversão ou conforto. Foram família, bem mais forte que o sangue ou a tradição.
Estiveram sempre ali para mim, chegaram à minha vida por mim, e isso não posso nunca apagar da minha memória.
Sabem, contrariamente ao que muita gente pensa, eu acredito-me que os animais vão para o "céu". Isso, esse lugar fantástico que lutámos a vida inteira para entrar.
Como é que criaturas tão puras não podem ter em seus espíritos algo de celestial? Estarei a dizer algo errado, se já vi animais a carregar seus filhos mortos e permanecer no mesmo sítio durante horas; cães e gatos que morrem de desgosto após falecimento de donos, ou guardam vigia diária nas suas campas? Ou todos aqueles que alimentam outras crias orfãs? Não são os animais dotados de sentimento? Não é isso que compõe a nossa alma? Sentimento?
Meus amigos, se os animais, os anjos, não vão para o céu, quem mais poderia entrar? Creio que eles tem entrada directa para estar perto de Deus, pois os considero as únicas criaturas puras que Deus criou.
Todos os animais que Deus criou Lhe foram submissos, souberam respeitar o seu espírito sem quererem desafiar a própria existência. Mais do que isso, os animais tiveram a capacidade, ao longo dos tempos, de nos darem verdadeiras lições de vida, do espírito divino.


A vida já me levou alguns para junto Dele, mas mesmo assim, não me esqueço de nenhum.

Ao Pluto, o fantástico e "moreno" cão perdigueiro que habitava na minha varanda enquanto eu era bébé.

Ao Balu, um gato malhado de branco e cinzento (recolhido perdido na estrada) ,chegou à minha casa com o propósito de eu deixar a chupeta. O que ele não sabia é que conseguiu muito mais que isso.

Ao Uno, o meiguissímo Uno, cor de caramelo, veloz e fiel, que estava sempre à espera de saltar euforicamente para nós, à espera dum mimo.

À Cookie, a cadela que me apareceu em casa sem eu a convidar, e que me deu belos três presentes.

O Scooty, o meiguinho Scooty que perdeu a vida ainda em bébé e que será sempre recordado pela sua alegria e meiguice.

À Mimi, a única que nesta "lista" ainda permanece viva, mas que não a vejo desde bébé. O seu pêlo negro eram as minhas únicas trevas favoritas.



Ω Um bem haja a toda a gente, particularmente quem respeita os animais, tanto quanto eu.

Que Deus vos abençoe e que a Paz de Cristo esteja convosco





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