terça-feira, 10 de setembro de 2013

O poder da reconcialiação


Quem, dentro de nós, não sabemos o poder duma reconciliação? Aquele momento em que pedimos ou nos pedem desculpa por alguma discussão ou acção, e passámos a estar unidos a um bom sentimento. É bom, seja com os pais, com os irmãos, o/a namorado/a.
Sabe bem e fortalece as nossas relações humanas.

Se assim o é, como poderia ser diferente com Deus?
Aquele momento em que nos encontrámos com Deus, e nos reconciliamos devido às nossas fraquezas carnais ou espirituais. Aquele bonito momento, em que uma lágrima perde a vergonha e se confessa, torna-se humilde para poder ser perdoada.
É forte e poderoso.

Antigamente não via com bons olhos a confissão a um sacerdote, pois achava que a verdadeira reconciliação nasce do nosso arrependimento ou consciencialização e de falarmos com Deus atravês da oração e das palavras da alma. Achava que não era necessário ou que se justificasse, estar perante um ser humano (com uma vocação especial ainda assim) e confessarmos aquilo que fizemos de mal. Até porque a vergonha e a falta de coragem apodera-se de nós. Eu senti-me assim durante anos a fio.
Mas, como em tudo na vida, Deus faz-me evoluir. Todos esses problemas que nós temos, e que nos afligem, podem ser esvaziados no acto da confissão. Não se torna mais poderoso porque contámos a um sacerdote, torna-se poderoso, porque tornámos "públicas" as nossas fraquezas. É fácil pedir desculpa a Deus baixinho, difícil é abrir nossas bocas e reconhecermos o que fizemos ao nosso "irmão".
E é aí que eu sinto uma liberdade imensa, pois além de me ter confessado perante alguém que tem como propósito nos guiar perante e para Deus, eu libertei-me das amarras da culpa, enchi-me de coragem e fortaleci-me de força para continuar.
A confissão, por vezes, é absolutamente o consultório de psicologia mais eficaz que existe. Não porque está ali alguém a dar-nos as respostas, mas porque através do testemunho das nossas fraquezas nos tornámos mais fortes.
Depois não é só isso que me fortalece irmãos na confissão. É realmente a sensação que saldei as minhas faltas para com Deus. Que aquilo que fiz, pensei ou proferi está desculpado, desmistificou-se e tornou-se ferida sarada.

É este o poder que Cristo tem em mim. Nem sempre tenho paciência para esperar, mas quando finalmente o faço, percebo que tudo o que acontece em mim, tem um propósito, e que mesmo as coisas que nos afastam de caminho de Deus, quando reconhecidas e arrependidas, nos dão uma enorme lição para nos aproximar aind amais do caminho de Deus.

E é essa auto-estrada que eu quero estar. Uma estrada com uma meta muito maior que a nossa existência. Uma meta onde a minha alma repousará, assim o espero.

Um bem haja a todos vós, e que Deus vos abençoe.

Que a paz de Cristo esteja convosco

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